terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O ANO LITÚRGICO CELEBRA O MISTÉRIO DE CRISTO

A Igreja “anuncia” na pregação “todo o mistério de Cristo” (CD 12) e na liturgia “celebra-o” com santa memória (SC 102). Desta forma tornam presentes hoje as “insondáveis riquezas de Cristo” (Ef 3,8ss; cf. 1,18; 2,7): suas ações salvíficas com que os féis estão em contato para atingir a graça da salvação.
O ano litúrgico não se desdobra em meses, mas em “períodos” distintos entre si por uma especial relação com diversos momentos do mistério de Cristo, que tem sua fonte e seu “vértice” no mistério pascal (SC 10; Lg11). São, pois cinco tempos em ordem progressiva: Advento, Natal; Quaresma, Páscoa e Tempo Comum.

O Mistério de Cristo no Tempo do Advento e do Natal

O Advento é um tempo de preparação com dupla característica: recorda a primeira vinda do Filho de Deus à humanidade e prenuncia sua segunda vinda, na glória: é tempo de espera ativa, de desejo, de oração, de evangelização e  de alegria moderada.
O Natal é um tempo de exultante alegria e contemplação do mistério da Encarnação do Filho de Deus e de suas primeiras manifestações. “Homem entre os homens”, ele veio para nossa salvação. Neste tempo Maria é celebrada particularmente com “Mãe de Deus”.

O Mistério de Cristo no Tempo da Quaresma e da Páscoa

A Quaresma é um tempo de preparação que visa guiar à intensa e gradual participação no mistério pascal. Encaminha, pois, a isso os catecúmenos mediante os vários graus de iniciação cristã, e os fiéis, pela viva recordação do batismo e da penitência. 
A Páscoa é o vértice do ano litúrgico, do qual todas as outras partes recebem sua eficácia de salvação; é a realização da redenção da humanidade e da perfeita glorificação de Deus; a destruição do pecado e da morte, comunicação de ressurreição e de vida.

O Mistério de Cristo no Tempo Comum

Neste longo período, que tem uma primeira etapa entre o  Natal e a Quaresma, e se desenrola mais amplamente de Pentecostes ao Advento seguinte, dá-se uma celebração global do mistério de Cristo, que é retomado e aprofundado em muitos de seus aspectos particulares.
Já os Domingos – “Dia do Senhor” – são a “Páscoa semanal” e, portanto, um enxerto vivo no núcleo central do mistério de Cristo ao longo do ano inteiro; mas depois as Semanas (33 ou 34) desenvolvem, através de intenso e contínuo recurso à Bíblia, pequenos ciclos de aprofundamento do mistério de Cristo, oferecendo-o à meditação dos fiéis, a fim de se tornar estímulo à ação na Igreja e no mundo.

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