terça-feira, 9 de dezembro de 2008

1º Eucaristia – Encontro Pessoal com Cristo


Após um longo ano de uma árdua catequese, crianças e jovens da Matriz de Santa Rita de Cássia receberam o sacramento que proporciona o encontro pessoal com nosso Senhor Jesus Cristo. Com empenho e dedicação 50 crianças/jovens, divididas em três turmas e acompanhadas por suas catequistas prepararam-se para esse momento especial onde receberam um dos sacramentos mais importantes para nós Cristãos, a 1ª Comunhão.



E nessa sensação de conquista, foi celebrada no domingo dia 07/12/2008, às 09h30min, por nosso Pároco Pe. Airton Franzner Scj, a missa de Eucaristia, na qual todos renovaram os votos que professaram em seus batismos e receberam de Pe. Airton a benção que lhes concedia participar da Santa Ceia.



Em sua homilia, o Pároco citou casos de crianças que abandonam seus sacramentos assim que os recebem e deixam à igreja afastando-se de Deus. Pensando nisso, Pe. Airton pediu a todos que valorizem seus sacramentos, principalmente a comunhão por se tratar de Jesus Eucarístico. Nosso padre insistiu que os pais devem apoiar e incentivar as crianças a fim de que zelando por elas conserve-as firmes na fé e perseverantes na igreja.


Ao termino da missa, pôde-se notar a felicidade de jovens cristãos que tiveram seu primeiro contato com Cristo. A alegria contagiava a todos os que ali se reuniram para celebrar tamanha festividade.
Parabenizamos as catequistas que trabalharam o ano inteiro a favor dos catequizandos ensinando-os o valor de um sacramento e a importância de buscar a Deus. Pedimos aos novos convidados a Ceia do Senhor, que vivam esse momento com intensidade, responsabilidade, respeito, amor, e que a dádiva desse contato com o nosso Bom Pastor não se encerre aqui.

Recebam sempre, para fortificação de vossas almas...
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O CORPO DE CRISTO !






Hugo Yasser
Vocacionados Scj

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O ANO LITÚRGICO E O TEMPO DO ADVENTO

Advento é o tempo litúrgico correspondente aos quatro domingos, às quatro semanas antes do Natal. Este tempo pode ser de 22 a 28 dias, dependendo do ano e, conseqüentemente, do dia da semana em que cai o 25 de dezembro.



Tradições e conteúdos relacionados com esse tempo

Início do Ano Litúrgico: para a Igreja Católica, no Advento inicia-se o novo ano. O primeiro Domingo de Advento é o início do calendário litúrgico da Igreja
Espera e Vigília: Advento significa "vinda", "chegada". Está relacionado à chegada de Deus ao mundo. Tempo determinado para a preparação da festa do nascimento de Jesus. Esta "espera" e "vigília" está relacionada à nova vinda de Cristo, à chegada do "novo Céu e a nova Terra".
Esperança: Advento é um tempo apropriado para fomentar a construção da esperança, uma esperança que transcende os limites das necessidades materiais e imediatas, o equilíbrio da vida e da Criação de Deus.

Arrependimento e Limpeza: Já o profeta João Batista chamava o povo para o arrependimento e ao batismo: "Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do céu está perto!... e João os batizava no rio Jordão" (Mateus 3, 2.6). Até hoje em certas regiões, na época do advento, as pessoas e famílias fazem uma limpeza interior e externa: avaliam a sua vida e constroem esperanças novas para o futuro e limpam também os seus armários, a casa inteira, os jardins, pintam as casas... etc.

Coroa de Advento: A coroa do advento é feita com ramos verdes, geralmente envolvida por uma fita vermelha e nela 4 velas são afixadas. Ela simboliza e comunica que naquela Igreja, casa, escritório ou qualquer espaço em que ela esteja vivem pessoas que se preparam com alegria para celebrar a vinda de Deus ao mundo, o Natal.

O circulo da coroa: simboliza a nova aliança de Deus com a humanidade. Esta nova aliança é celebrada no sacramento da Santa Ceia. Ao circulo da coroa pode ser relacionada também a coroa de espinhos colocada na cabeça de Jesus naquela semana em que foi crucificado - a nova aliança foi feita pelo Jesus negado e rejeitado, com humildade e doação.

Os ramos verdes: os ramos, mesmo cortados permanecem verdes por semanas: comunicam a esperança, uma esperança que leva a perseverança, uma entrega total da vida a Deus.

A fita vermelha: a cor vermelha na tradição litúrgica está ligada à cor do fogo e do sangue. Simboliza a cor da vida, do amor e ao mesmo tempo do derramamento do sangue, sacrifício. A nova aliança de Deus com a humanidade foi feita com amor, doação, sacrifício e trouxe a vida plena e eterna.

As 4 velas: uma vela para cada domingo que antecede ao dia 25 de dezembro. As velas da coroa são acesas (a cada domingo mais uma), para iluminar a vigília do advento, a preparação para vinda da luz.




Pe. Airton Franzner, scj

CICATRIZES...


Há alguns anos, em um dia quente de verão, um pequeno menino decidiu ir nadar no lago que havia atrás de sua casa. Na pressa de mergulhar na água fresca, foi correndo e deixando para trás os sapatos, as meias e a camisa.
Voou para a água, não percebendo que enquanto nadava para o meio do lago, um jacaré estava deixando a margem e entrando na água. Sua mãe, em casa, olhava pela janela enquanto os dois estavam cada vez mais perto um do outro.Com medo absoluto, correu para o lago, gritando para seu filho o mais alto quanto conseguia. Ouvindo sua voz, o pequeno se alarmou, deu um giro e começou a nadar de volta ao encontro sua mãe. Mas era tarde. Assim que a alcançou, o jacaré também o alcançou.
A mãe agarrou seu menino pelos braços enquanto o jacaré agarrou seus pés.Começou um cabo-de-guerra incrível entre os dois. O jacaré era muito mais forte do que a mãe, mas a mãe era por demais apaixonada para deixá-lo ir.
Um fazendeiro que passava por perto ouviu os gritos, pegou uma arma e disparou no jacaré. De forma impressionante, após semanas no hospital, o pequeno menino sobreviveu. Seus pés extremamente machucados pelo ataque do animal, e, em seus braços, os riscos profundos onde as unhas de sua mãe estiveram cravadas no esforço sobre o filho que ela amava.
Um repórter de jornal que entrevistou o menino após o trauma, perguntou-lhe se podia mostrar suas cicatrizes. O menino levantou seus pés. E então, com óbvio orgulho, disse ao repórter - Mas olhe em meus braços. Eu tenho grandes cicatrizes em meus braços também. Eu as tenho porque minha mãe não deixou eu ir.
Você e eu podemos nos identificar com esse pequeno menino. Nós também temos muitas cicatrizes. Não, não a de um jacaré, ou qualquer coisa assim tão dramática. Mas as cicatrizes de um passado doloroso, algumas daquelas cicatrizes são feias e causam-nos profunda dor.
Mas, algumas feridas, meu amigo, são porque DEUS se recusou a nos deixar ir. E enquanto você se esforçava, Ele estava lhe segurando.
Se hoje o momento é difícil, talvez o que está te causando dor seja Deus cravando-lhe suas unhas para não te deixar ir, lembre-se do jacaré e muito mais Daquele que mesmo em meio a tantas lutas nunca vai te abandonar e certamente vai fazer o que for necessário para não te perder, ainda que para isso seja preciso deixar-lhe cicatrizes.
Se esta mensagem tem tocado ao seu coração, não seja egoísta e divida com outros, pois edificou muito a minha vida e acredito que edificará outras também.




SAV-CNBB

BODAS DE PRATA DO CLUBE DE MÃES DE SANTA RITA



Queridas sócias e irmãs, aproveito a oportunidade pra falar de nosso grupo que já tem maior idade história que se resgata completa bodas de prata na nossa comunidade dois de outubro de 83 este grupo foi criado por pessoas importantes foi sempre assessorado padre Francisco de Assis pároco da nova imperatriz por 5 anos acompanhado a primeira presidente recebeu apoio total de Eustólia e Iracilda e da diretoria central foi Lucília Nascimento presente em cada momento com um amor sem igual. Durante vinte e cinco anos pra maior organização várias sócias colocaram seus nomes a disposição Sheyla Maria de Jesus o grupo agora conduz pra maior conscientização.



a todas as presidentes desta linda irmandade que conduziram este grupo com muita generosidade agradeço com carinho por seguir o caminho com toda a comunidade.
ao padre Airton agradeço por esta celebração que veio trazendo bênçãos pra esta população no encerrar deste evento eu lucília nascimento digo obrigada pela atenção!



Lucília Nascimento

domingo, 7 de dezembro de 2008

Palavra do Pároco - Dezembro


ADVENTO, NATAL E ANO NOVO

Vamos iniciar com o Advento, novo ano Litúrgico, vamos para o Ano B do Lecionário Dominical. Este tempo que se caracteriza pelas Festas de Natal e pela espectativa da Segunda vinda de Jesus, no fim dos tempos. Para Liturgia apesar da música e das flores é tempo de moderação. Omite-se o Glória nas missas de advento.
Aqui na Paróquia (Matriz e Comunidades), vamos administrar muitos sacramentos até o fim do ano. Procurem se preparar para os mesmos. Haverá confissões antes das celebrações das comunidades, cursos de pais e padrinhos. Procurem se informar para não serem surpreendidos.
Festas das Comunidades: temos 3 Festas de Nossa Senhora da Conceição (aqui em São José, na Chaparral e na Vila Conceição II), a Festa de Santa Luzia, na Vila Macedo e Festa de Nossa Senhora de Guadalupe no Bom Sucesso.
Dom Gilberto, vai visitar 2 Comunidades e conferir o Sacramento do Crisma: dia 5/12 na Vila Conceição II e dia 16/12 na N. S. de Nazaré, na Lagoa Verde.

NATAL

Natal é vida que nasce!/ Natal é Cristo que vem! Nós somos o seu presépio,/ e a nossa casa é Belem!
Deus se tornou nossa grande esperança./ E como criança no mundo nasceu./ Por isso vamos abrir nossa porta;/ a Cristo o que importa é conosco viver.

Que nossa Paróquia de Santa Rita, tenha um Feliz e Abençoado Natal. Que todos os Sacramentos e Celebrações deste fim de ano e Natal façam Jesus nascer dentro de nossas casas e nossas famílias. Que o menino Jesus traga Paz para o nosso Bairro de Santa Rita. Que Santa Rita seja nossa intercessora para que diminua a violência entre nós.


Pe. Airton Franznes, scj

Vocação Leiga

(A identidade de vocação laical na Igreja)


O carisma da vocação laical ocupa um lugar central na Igreja, define a Igreja para o mundo. Outras vocações não têm essa centralidade. Através desse carisma a Igreja se faz presente no mundo.
O mundo e não a Igreja é a meta dos caminhos de Deus. A Igreja precisa se abrir para o mundo, por isso precisa de leigos. O leigo tem carisma e função para libertar a secularidade do mundo, mediante o anúncio de Jesus Cristo. Fazer com que o mundo tenha autonomia. O leigo tem a missão de fazer com que o mundo entre em comunhão com o mistério que a Igreja representa (Reino de Deus).
A vocação laical tem sua origem nos sacramentos do batismo e da crisma. Ela ocupa um lugar central na Igreja, define a igreja para o mundo. O fiel cristão leigo tem o papel de libertar o mundo da secularidade, dos falsos ídolos e de todas as prisões que oprimem e destroem a pessoa humana. Vivendo no mundo como solteiro, casado ou consagrado (de maneira individual ou num instinto secular), os leigos são fermento na massa, sal e luz do mundo.
Na vocação laical temos o estado de vida matrimonial. Chamados a ser pai, a ser mãe, a gerar vida, a constituir família. A família é chamada a constituir a Igreja doméstica. É a expressão visível do amor de Cristo pela sua igreja, sacramento de Cristo. É na família que é possível expressar as mais variadas formas de amor:
Amor conjugal: é na entrega mútua, no relacionamento fecundo e construtivo que esposa e esposo desenvolvem sua potencialidade e se realizam plenamente como pessoa.
Amor paternal e maternal: agradecidos a Deus pela continuidade do seu amor que se encarna no dom dos filhos, os pais retribuem esta dádiva amando, protegendo e educando seus filhos para se integrarem na comunidade e na sociedade.
Amor filial: é como se fosse uma ação de graças, isto é, devolver aos pais a graça da vida que um dia lhe deram. Os filhos desenvolvem um amor aos pais como gratidão por tudo que lhes concederam.
Amor fraternal: é o amor entre os irmãos e a experiência do amor oblativo e caritativo, sair do seu convívio familiar, perceber que há um círculo maior de pessoas e começar a compreender que somos todos irmãos. É aí que se desenvolve a sensibilidade aos problemas do mundo.
Além de constituir família, a grande missão da maioria dos leigos, sabemos que eles têm um importante papel na transformação da sociedade. Vejamos algumas de suas principais características: estar inserido no meios da sociedade como fermento na massa, sal que dá sabor e luz que ilumina os difíceis caminhos.
Colocar em prática as possibilidades cristãs escondidas no meio do mundo. Valorizar os sinais do reino presentes de maneira latente no meio da sociedade e - combater as tantas forças do anti-reino, ou seja, forças que promovem a injustiça e a morte.
Ser sinais visíveis de Jesus Cristo na família, no trabalho, na política, na economia, na educação, na saúde pública, nos Meios de Comunicação Social, nos órgãos públicos, nos esportes, no serviço liberal e em tantos outros espaços no meio da sociedade.
Praticar a sua fé e seu amor a Deus em todos os lugares e em quaisquer necessidades.
Participar com fidelidade e criatividade na construção de um mundo novo.
Os cristãos leigos vivem o Evangelho que lêem, que rezam e que celebram, não apenas entre paredes de uma igreja, mas em todos os lugares. São aqueles que fazem do seu trabalho a liturgia diária e prolongam a Missa Dominical em todos os dias da semana. LG 31 - Leigo que não é ministro ordenado, nem religioso. A índole secular caracteriza o leigo. É específico para ele procurar o Reino de Deus, exercendo funções temporais (em suas atividades), vivem na secularidade, e devem fazer-se presentes nos ofícios e trabalhos do mundo. O leigo na Igreja faz presente o mundo, e no mundo faz presente a Igreja. Todo leigo tem uma função na Igreja, o leigo manifesta o dinamismo extrovertido da Igreja.

CRISTO REI DO UNIVERSO

"Todas as nações se reunirão diante dele”


O Evangelho do último domingo do ano litúrgico, solenidade de Cristo Rei, nos faz assistir ao ato conclusivo da história humana: o juízo universal: “Quando o Filho do Homem voltar na sua glória e todos os anjos com ele, sentar-se-á no seu trono glorioso. Todas as nações se reunirão diante dele e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. Colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda”.
A primeira mensagem contida neste evangelho não é a forma ou o resultado do juízo, mas o fato de que haverá um juízo, que o mundo não vem do acaso e não acabará por acaso. Começou com uma palavra: “Faça-se a luz... Façamos o homem” e terminará com uma palavra: “Vinde, benditos... Afastai-vos de mim, malditos”. Em seu princípio e em seu final está a decisão de uma mente inteligente e de uma vontade soberana.
Este começo de milênio se caracteriza por uma intensa discussão sobre criacionismo e evolucionismo. Reduzida ao essencial, a disputa opõe quem, aludindo – nem sempre com razão – a Darwin, crê que o mundo é fruto de uma evolução cega, dominada pela seleção das espécies, e aqueles que, ainda admitindo uma evolução, vêem a obra de Deus no mesmo processo evolutivo.
Há alguns dias, aconteceu no Vaticano uma sessão plenária da Academia Pontifícia das Ciências, com o tema “Olhares científicos em torno da evolução do universo e da vida”, com a participação dos mais importantes cientistas do mundo inteiro, crentes e não-crentes, muitos deles prêmios Nobel. No programa sobre o evangelho que apresento em RaiUno, entrevistei um dos cientistas presentes, o professor Francis Collins, chefe do grupo de pesquisa que levou ao descobrimento do genoma humano. Perguntei-lhe: “Se a evolução é certa, ainda resta espaço para Deus”? Eis aqui sua resposta:
“Darwin tinha razão em formular sua teoria segundo a qual descendemos de um antepassado comum e houve mudanças graduais no transcurso de longos períodos, mas este é o aspecto mecânico de como a vida chegou ao ponto de formar este fantástico panorama de diversidade. Não responde à pergunta sobre por que existe a vida. Há aspectos da humanidade que não são facilmente explicáveis, como nosso senso moral, o conhecimento do bem e do mal, que às vezes nos induz a realizar sacrifícios que não estão ditados pelas leis da evolução, que nos sugerem preservar-nos a toda custa. Esta não é talvez uma prova que nos indica que Deus existe?”
Perguntei também ao professor Collins se antes ele havia acreditado em Deus ou em Jesus Cristo. Respondeu-me: “Até os 25 anos fui ateu, não tinha uma preparação religiosa, era um cientista que reduzia quase tudo a equações e leis da física. Mas como médico, comecei a observar as pessoas que tinham de enfrentar o problema da vida e da morte, e isso me fez pensar que meu ateísmo não era uma idéia enraizada. Comecei a ler textos sobre as argumentações racionais da fé que não conhecia. Em primeiro lugar, cheguei à convicção de que deve existir um Deus que criou tudo isso, mas não sabia como era este Deus. Isso me moveu a levar a cabo uma busca para descobrir qual era a natureza de Deus, e a encontrei na Bíblia e na pessoa de Jesus. Após dois anos de busca, me dei conta de que não era inteligente opor resistência e me converti em um seguidor de Jesus”.
Um grande autor do evolucionismo ateu de nossos dias é o inglês Richard Dawkins, autor do livro “God Delusion”, A desilusão de Deus. Ele está promovendo uma campanha publicitária que propõe colocar nos ônibus das cidades inglesas esta inscrição: “Deus provavelmente não existe: deixe de angustiar-se e curta a vida” (“There's probably no God. Now stop worrying and enjoy life”). “Provavelmente”: portanto, não se exclui totalmente que possa existir! Mas se Deus não existe, o crente não perdeu quase nada; se, ao contrário, Ele existe, o não-crente perdeu tudo.
Eu me coloco no lugar do pai que tem um filho deficiente, autista ou gravemente enfermo, de um imigrante que foge da fome ou dos horrores da guerra, de um operário que ficou sem trabalho, ou de um camponês expulso de sua terra... Pergunto-me como ele reagiria a esse anúncio: “Deus não existe: deixe de angustiar-se e curta a vida”.
A existência do mal e da injustiça no mundo é certamente um mistério e um escândalo, mas sem fé em um juízo final, seria infinitamente mais absurda e trágica. Em tantos milênios de vida sobre a terra, o homem se adaptou a tudo; adaptou-se a todos os climas, imunizou-se contra toda doença. Mas a uma coisa ele não se adaptou nunca: à injustiça. Continua sentindo-a como intolerável. E a esta sede de justiça responderá o juízo universal.
Este não será só querido por Deus, mas, paradoxalmente, também pelos homens, também pelos ímpios. “No dia do juízo universal, não será só o Juiz o que descerá do céu – escreveu o poeta Claudel –, mas toda a terra se precipitará ao seu encontro”.
A festa de Cristo Rei, com o evangelho do juízo final, responde a mais universal das esperanças humanas. Assegura-nos que a injustiça e o mal não terão a última palavra, e ao mesmo tempo nos exorta a viver de forma que o juízo não seja para nós de condenação, mas de salvação, e possamos ser daqueles a quem Cristo dirá: “Vinde, benditos de meu Pai, entrai em posse do reino preparado para vós desde a fundação do mundo”.




Pe. Raniero Cantalamessa,
OFM Cap. - pregador do Papa

Província Brasileira Central